terça-feira, agosto 19, 2008

E já agora...




Voltando à vaca fria e em resposta à minha amiga Paula, ok, o que é que está errado aqui? Ou melhor, o que interessa mais? A maior atleta portuguesa desde Rosa Mota, que, DE FACTO, ganhou uma medalha de prata, ou o jogador argentino que o Real Madrid segue (gargalhada) e que PODERÁ ganhar uma medalha?

segunda-feira, agosto 18, 2008

...e a flor

A diferença horária e a reacção, surpreendente admito, do jornal DESPORTIVO O Jogo, lembrou-me que no meio do estrume há flores. E, já agora, deu a resposta perfeita a quem me perguntou ontem se:

1) Estava maluco e achava que a Bola ou o Jogo iriam fazer manchete com o Phelps

2) Se tinha apanhado demasiado sol na cabeça

domingo, agosto 17, 2008

Estrume

No dia em que Bolt esmaga o recorde mundial dos 100 metros, Phelps arrecada a oitava medalha de ouro, tornando-se o atleta mais medalhado desde que Coubertin pensou os Jogos Olímpicos e, já agora, o vice-campeão olímpico Francis Obikwelu pendura as sapatilhas, os "desportivos" portugueses destacam um tal de Djaló.

Merda de país é este que merece tal esterco de imprensa!

sábado, agosto 16, 2008

A essência



"I don't want to not live because of the fear of what might happen..."

Randy Pausch Last Lecture: Achieving Your Childhood Dreams

Percam uma hora, ganhem muito mais.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Parabéns



Trinta e dois.

quarta-feira, agosto 06, 2008

sábado, agosto 02, 2008

Definições






Dizem que quando morremos, ou pensamos que "é desta", a nossa vida passa diante dos olhos. Já não sei se é bem assim. Um dia destes, pensei "é desta", cortesia de três vagalhões consecutivos na Praia Grande. Eu adoro surfar, mas um dos "clichés" dos desportos de ondas diz que "to enjoy the ultimate ride, you must be willing to pay the ultimate price". Como confio que os meus leitores sabem inglês, não me vou dar ao trabalho de traduzir...

Ok, é uma daquelas frases de macho, uma compensação de homem das cavernas que já não tem a vida em risco todos os dias por constar na ementa de uma fera qualquer. Mas o facto é que esta frase, apesar de digna de um "cabeça de wax", tem a sua verdade. E essa verdade é que viver é perigoso, e quanto mais se vive, mais e maiores perigos se correm. E eu vivo. Cada vez mais.

Mas divago. Na verdade, naquela manhã invernosa na Praia Grande, não consegui isolar nenhum momento. Daqueles que nos definem. Que nos moldam. Mas eles existem.

Então, agora, apetece-me fazer uma contabilidade da alma. Que momentos me definem. Que momentos fizeram de mim o que sou hoje? Será que podemos ser reduzidos a isto, a uma miríade de momentos, como quadradinhos de um cubo mágico que, de alguma forma, quando alinhados na ordem correcta, nos ilustram na perfeição?

Mas que quadrados, que momentos, são os meus?

Alguns são óbvios: nascimentos, mortes. E não só no sentido literal. Há muita coisa que, sem o parecer, é um nascimento ou uma morte. Um princípio e um fim. Tudo no planeta é isso mesmo: princípio, fim...e o que está entre eles.

No meu caso, as mortes são muito mais literais do que gostaria. Porque perdi demasiados entes queridos. Bem, só um seria "demasiados", mas foram mais. Isso define-me como um ser triste? Às vezes.

Afinal, não esqueço aquele dia de Agosto em que estava a chegar de táxi a casa, cansado mas feliz e orgulhoso de ter trabalhado 28 dias consecutivos sem folgas. Afinal, estava a recibos verdes, doido para ser contratado, e o facto de precisarem tanto de mim fazia-me sentir importante. Ali estava a nascer qualquer coisa. E logo a seguir, a morrer. Tinha havido um acidente. Uma mota. O meu irmão.

Essa noire marcou outro nascimento, o meu segundo. Acho que ali, na rua, sem perceber, como em qualquer parto, chorei alto, para Deus ouvir: eu estava vivo. Pelos dois.

Seria bonito dizer que fui sempre fiel a essa promessa. Mentiria. Aprendi depressa que tal missão tem o seu preço.

Paguei-o com prazer naquele que, para o bem e para o mal, foi o beijo da minha vida. Era noite, chovia, estávamos numa estação de comboio e ela não era minha. Nunca seria. Mas, aquele momento, aquele beijo, o desespero, a fome, a tristeza, o amor (meu, pelo menos)...

Enfim, mais tarde percebi que era um...equívoco talvez seja a maneira mais generosa de o rotular. Mas, ainda assim, se ao morrer pudesse escolher os momentos para evocar, este seria um deles. Porque estava vivo como poucas vezes estive e, se calhar, estarei.

Mas, repito, foi um "equívoco", um desperdício da força que tinha descoberto em mim: a ousadia de sentir e a coragem de agir consoante.

E houve outros, claro que sim. Tristes, trágicos, cómicos. Outros ainda, tragicómicos (os meus preferidos, confesso), outros ainda, simplesmente belos.

Enumerá-los seria difícil. Neste momento lembro-me de alguns exemplos: dos trágicos, a morte do meu irmão; tristes, olhar para o meu pai deitado naquela urna e pensar que ele parecia estranhamente mais baixo, como se lhe tivessem tirado um bocado...

O tragicómicos, (esta é fácil), a primeira vez que tive sexo. E o dia seguinte: a confusão, a desilusão, o vazio de quem nada sentiu de arrebatador. Mas não matou o meu romantismo, não. Isso veio muitos anos mais tarde.

Os belos: as gargalhadas do meu irmão quando éramos pequenos e eu lhe fazia cócegas, o primeiro beijo, a primeira vez que o meu nome saiu no jornal, a primeira reportagem como enviado especial, a primeira vez que vi Paris e Roma, a primeira onda, os pores do sol no mar. É estúpido como os momentos maus surgem de chofre enquanto os bons temos que pensar e seleccionar. Demorei aí uns 15 minutos a escolher estes. É como se tivessemos de pedir desculpa por sermos felizes.

Serei um pessimista? Não. Acredito sinceramente que não. Se não, não teria sobrevivido. Não, não estou a ser melodramatico. Apesar de ter uma certa queda para isso. Herdei da minha mãe, acho. Ah, e do meu pai. Eles eram demasiado parecidos. Demasiado.

Mas estou a alongar-me. Deve ser vontade de escrever o tal livro que, um dia, quero parir. Pois, parir é o verbo. Não porque ache que tem de ser com dor, mas porque acho que deve ser com amor. E porque tudo na vida nasce e morre. Mas isso é incontornável. O que se passa pelo meio é que nos define. Chama-se viver. E eu quero.

quarta-feira, julho 23, 2008

Luxos


Perder. Ora aí está um verbo que todos conhecemos. Uns mais do que outros, mas todos sem excepção. Porque perdemos sempre mais do que ganhamos e porque ganhar implica, a prazo, que vamos perder.

Nos últimos dois dias tenho andado a pensar em perdas. Não só nas minhas, para variar, mas nas de um amigo-irmão.

Colocando a coisa de forma mais factual: o pai desse meu amigo anunciou-lhe que ia vender a casa de férias da família. De facto, não parece uma tragédia, pois não? Pois, mas apenas os míopes e os mancos se ficam pelos factos.

A "casa de férias" a que o meu amigo (que sofre de um infeliz complexo de esquerda anti-materialista, desculpável pois ainda é jovem), se refere de quando em quando como "um luxo" é também o seu assumido refúgio.

Não fica num desses locais de férias balneares da moda. Não, a água é fria, o mar é bravo, o clima ventoso e o local não tem hóteis de luxo e o jet-set anda em barcos de pesca ou pedaços de fibra e esponja em cima das ondas.

Mas é por isso mesmo que é o seu refúgio. Porque é um sítio pequeno encravado num local onde tudo é grande. A começar pelo mar. O mar está em todo o lado. Nas escarpas da terra e da alma das gentes, duras e generosas ao mesmo tempo.

O meu amigo cresceu ali. E ele sabe disso. É ali que respira, que é. Que se permite baixar a guarda e realmente Ser.

E querem tirar-lhe isso. E ele está a sofrer. E apesar disso, às vezes, diz que vai perder "um luxo", e di-lo com o tal complexo esquerdista anti-materialista.

É parvo.

Porque o luxo é viver. Sem luxo, não se vive, sobrevive-se.

I'm easily found

quarta-feira, julho 16, 2008

Como Hilgenbrinck





Como quem?...

Hilgenbrinck. O nome é complicado mas a história simples. Chase Hilgenbrinck é um futebolista norte-americano (futebolista de "soccer" como dizem os seus compatriotas), que pendurou as botas para envergar a batina. Sim, a de padre.

Uma história que me fez ressoar ecos antigos. Também eu, em tenpos, pensei em ir servir o Senhor. Sim, agora dá-me vontade de rir e a quem me conhece bem também deve fazer umas cócegas intelectuais. Mas nem tanto assim...

Fui um puto sensível e introvertido. Solitário e aflito ao ponto de me virar para algo que me transcendesse, a mim e à cortante realidade que me magoava todos os dias. O alcoolismo, as drogas, a violência, a mentira e a morte. Conheci-os a todos demasiado cedo e não queria acreditar que a vida se resumisse a isto. Tinha esperança.

Não sei onde é que ouvi falar de Deus pela primeira vez, se nos livros, se através da minha avó Deolinda, alentejana analfabeta, crente até à beatice mas generosa como ninguém. Foi ela que me ensinou a rezar todas as noites antes de dormir, hábito que me acompanha até hoje. Não sei porquê, mas faz sentido pedir a protecção dos que nos são queridos antes de dormir.

Pois, com tudo isto, lembro-me que, a dada altura, num acesso de poesia trágica (outro tique que me acompanha até hoje mas, felizmente, cada vez mais raro) cheguei a pensar em ir para padre. Tinha para aí 10 anos e ainda não percebia o que estava a perder. Não que a fome pelo sexo oposto ainda não estivesse lá, mas estava difusa e pouco focada. Pensava que era algo que não me incomodaria muito, afinal, até à preparatória tinha tido pouco ou nenhum contacto com raparigas da minha idade e não estava a ver o que ia perder.

Felizmente, acordei a tempo e percebi que o meu caminho não seria esse. Desde aí, a minha religiosidade não diminuiu, nem mesmo naquele dia em que, justificadamente, poderia ter pensado que Ele não existia. Se calhar até pensei, mas como não me lembro de muita coisa desse dia e de alguns que lhe sucederam...

Não diminuiu mas transformou-se. Inexoravelmente. Hoje olho para a Igreja católica como olhava para os regimes comunistas: como um grande dinossauro branco e dourado. Inútil e ultrapassada. Mas a minha religiosidade nunca foi formal; contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que entrei numa Igreja. E quase nunca à procura Dele. Não, isso eu encontrava mais facilmente no escuro. Aquela ausência de luz que se infiltrava na minha meninice e adolescência. Mas era uma experiência íntima, familiar, de filho para o pai que, na prática, não tinha. Deus era o cúmplice e o amigo que me amparava e ajudava no meio daquilo tudo.

Sim, continuo religioso. Acredito na transcendência, mas não a procuro nos tijolos do Vaticano nem em qualquer outro templo. Nem sequer nas ondas que, para mim, são de uma arquitectura superior. Procuro em todo o lado. Dentro e fora de mim. Quando rezo por aqueles que amo.

Não, não dava para padre. Tenho um coração diferente.

segunda-feira, julho 07, 2008

Começar a cura

segunda-feira, junho 09, 2008

Flat





Não quero pensar. Não permito sentir. Estou a zero. Não, estou flat. Como o mar.

terça-feira, maio 27, 2008

A criança

Tenho pouquíssimas fotos de criança,para aí duas ou três, por isso quando desenterrei esta dos arquivos fiquei estupefacto. Digam lá que não era um bebé giro? Não sei mas é o que raio aconteceu depois.

segunda-feira, maio 26, 2008

Saudades do Inverno

Um dia para recordar. Sobretudo nos dias de ondas marrecas na água e falta de coragem fora dela


domingo, maio 25, 2008

Combater o stress

Isto há dias em que, apesar de o mar não ajudar e as ondas estarem a meio-metro mole (saudades do inverno), um gajo faz o que pode para combater o stress...


quinta-feira, maio 22, 2008

Dressed to Kill

quarta-feira, maio 21, 2008

Genial





A querida C. chamou-me a atenção para este pedaço de genialidade. Peço desculpa a quem não sabe ler inglês, mas confio nos meus leitores.

'Next Life' by Woody Allen

In my next life I want to live my life backwards. You Start out dead and get that
out of the way. Then you wake up in an old people's home feeling better every day.
You get kicked out for being too healthy, go collect your pension, and then when you
start work, you get a gold watch and a party on your first day. You work for 40
years until you're young enough to enjoy your retirement. You party, drink alcohol,
and are generally promiscuous, then you are ready for high school. You then go to
primary school, you become a kid, you play. You have no responsibilities, you become
a baby until you are born. And then you spend your last 9 months floating in
luxurious spa like conditions with central heating and room service on tap, larger
quarters every day and then Voila! You finish off as an orgasm! I rest my case.

sábado, maio 17, 2008

Revoluç(ões)




Às vezes, na vida, é preciso ir pelo caminho menos percorrido. Para o bem e para o mal, acho que não sei fazer as coisas de outra maneira...

Mas hoje quero celebrar a diferença. E faço-o através de um símbolo de diferença por excelência: com o meu novo MAC. É verdade, ao cabo de não sei quantos anos às cabeçadas com os produtos do senhor Bill Gates, resolvi, finalmente, dar uma hipótese à concorrência. Lá está, o caminho menos percorrido. E sabem que mais? Grande jogada. O sistema operativo é limpinho, facílimo de manejar, a máquina é excelente, rápida e....convenhamos, não magoa a vista.

Nesta altura, o verdadeiro motivo por trás deste post já está a gozar, a dizer que admito que só comprei um Macintosh porque são bonitos. É verdade. Mas não o objecto em si, é o conceito: a simplicidade. Mais: a liberdade.

E é de liberdade que, afinal, quero falar. Hoje, o meu amigo F deu o salto. Porque nunca se sabe quem vai ler isto, o meu amigo terá de ser só "F".

O meu amigo é um puto. Sim, é bem mais novo que eu, aí uns 6 anos, se não me falham as contas... Bolas, o meu irmão, o meu puto, seria bem mais velho que ele. Caraças, como o tempo passa...

A referência ao meu mano não é descabida. Acho que o que me fez ganhar amizade tão forte e tão rápida ao meu amigo F é que ele, em tanta coisa, é muito parecido com o meu irmão. E, depois, em tantas outras, tem muito a ver comigo.

Lembro-me de quando era bem menino estar a falar com o meu irmão e, constatando o quão diferentes éramos (tão óbvio que era difícil não o perceber), lhe ter dito que se houvesse uma maneira de nos fundirmos num só ser, esse gajo seria perfeito. Ok, ok, o que querem?...é a parvoíce natural da infância.

Na verdade, era a maneira de dizer ao meu irmão que o invejava. Ele tinha a irreverência, a força e a coragem que ainda hoje estou começar a conquistar.

Soube depois, tarde de mais, que o meu irmão também retribuía a minha admiração. Ao mexer nas suas gavetas à procura de documentos para a agência funerária encontrei a primeira peça assinada no Record, dobrada em quatro, escondida como um tesouro.

Mas estou a perder demasiado tempo a falar do meu assunto favorito: eu mesmo :)

Quero falar do meu amigo F. Mas quando falo do meu irmão também estou a falar de F. Porque em F vejo o Mário. A sua irreverência explosiva, o seu senso de humor cáustico, e sobretudo a forma algo absurda que ele tem de me tentar proteger dos meus próprios erros.

Tal como o Mário, F tem a dificuldade extrema de perceber que, de alguma maneira, através da minha loucura, eu arranjo sempre maneira de me safar. Aliás, ele sabe que sou um sobrevivente.

Tal como o Mário, F também tem pouca paciência para as minhas crises existenciais, sobretudo numa altura em que fazem cada vez menos sentido.

Mas, tal como Mário, também com ele percebo a amizade que corre debaixo do fogo de artifício.

Hoje, F fez uma revolução. F está livre, abriu asas e vai voar alto. Tenho a certeza. Porque tem qualidade e uma falta de humildade própria dos heróis da pena.

Não vou cometer o erro de esperar demasiado para to dizer: tenho orgulho em chamar-te meu amigo e espero que um dia, daqui a uns anos, me deixes chamar-te irmão.

Porque, às vezes, ir pelo caminho menos percorrido faz toda a diferença.

sábado, maio 10, 2008

Rapsódia


Sim, fui transferido de secção outra vez. Agora estou no futebol internacional. O que não me impede de dar uma mão às modalidades, ao futebol nacional e ao Sporting. Escusado será dizer que no Benfica não toco (depois do processo sujo que me afastou de lá...tenham alguma vergonha, não?!)

Não, não há ondas, não há previsão de haver ondas, e estou a começar a considerar comprar uma BTT (o ginásio está fora de hipótese durante uns tempos já que estourei as costas a fazer agachamento). Não consigo ficar parado sem fazer nada, mas a idade e os abusos a que submeti o corpo durante anos começam a sentir-se (ombro, costas e, de quando em quando, joelhos).

Sim, as finanças estão atrás de mim outra vez. Parece que algumas contribuições da minha avó não encontraram o caminho até à minha caixa do correio e estiveram a somar uma bonita quantia. Esta semana tenho de ir lá e, pelo caminho, adiar a compra do meu novo portátil e de um novo wetsuit. Enfim...

Não, não tenho nada de importante para dizer. O meu cérebro está flat, como o mar (já disse que não há ondas dignas desse nome?)

Sim, estou aborrecido. Como o caraças!

domingo, abril 20, 2008

quarta-feira, abril 16, 2008

Procol Harum - A whiter shade of pale 1967

Sem palavras

Resposta ao desafio

Ok, conforme acordado com o meu amigo Garcia, cá vai o meu contributo para o desafio

Um mês: Agosto (na alegria e na tristeza)
Um dia da semana: Sábado
Um número:Sete
Um planeta: o azul
Uma direcção: Sem direcção
Um móvel: o sofá
Um líquido: água
Um pecado: luxúria, claro!
Uma pedra: Granito
Um metal: Platina
Uma árvore: Sequóia
Uma fruta: Ananás
Uma flor: Rosa vermelha
Um clima: Nórdico
Um instrumento musical: Violoncelo
Um elemento: Fogo
Uma cor: Vermelho
Um animal: Cão
Um som: Trovão do mar revolto a bater na costa
Uma canção: Whiter shade of pale
Um perfume: Aqua di Gio
Um sentimento: Paz de espírito
Um livro: Evangelho Segundo Jesus Cristo
Uma comida:Bacalhau à Lagareiro
Um lugar: Portugal
Um gosto: Mulheres
Um cheiro: Mar
Uma palavra: Força
Um verbo: Lutar
Um objecto: A minha prancha
Uma peça de roupa: Ténis
Parte do corpo: Coxa
Uma expressão: Sorriso
Um desenho animado: Mafalda
Um filme: Lista de Schindler
Uma forma: Oval
Uma estação: Inverno
Uma frase: Perdoa-lhes Pai, que eles não sabem o que fazem


Pronto, chiça que isto demorou. Agora quem quiser...

terça-feira, abril 15, 2008

Lagido ou a atracção do abismo



Desde que comecei nesta treta de descer ondas (que, convenhamos, não foi assim há tanto tempo) que o meu amigo Garcia me fala do Lagido como um desafio "para homens".

De facto, falamos de uma onda que quebra ao largo do Baleal, em Peniche. Uma esquerda rasa e triangular, ouvi dizer. Raramente a vi como deve ser, também porque, convenhamos, o spot é pequeno e sempre cheio de penicheiros avarentos.

Mas também porque falamos de um pico em que, graças à laje que lhe dá o nome, podemos estar com água pela cintura no meio do mar. O que significa que em caso de queda, temos para aí meio-metro de H2O para nos aparar a queda e depois...a pedra.

Para homens, diz o Garcia. Acho que já estou preparado. A questão é se o meu crânio também...

E há (mais) dias assim




Ia escrever qualquer coisa mas, honestamente, estou exaurido de força, de paciência, de entusiasmo.

Nota: O mar vai crescer mas o vento está ao contrário do ideal (há dias assim)

quinta-feira, abril 03, 2008

Memórias

Interrompo a marcha escadas acima, em direcção à casa da minha avó. Espero por ela agarrado ao corrimão, com o queixo pousado na madeira escura, polida e macia: "Vó, estive a pensar...não quero deixar de ser criança. Os adultos só pensam em dinheiro e só trabalham, não brincam nem aprendem nada. Não precisava de crescer mais. Sei que vou crescer, mas mesmo quando for grande vou ser criança. Acha que dá?..."

Porra, avó, não me disseste que seria tão difícil...

Nunca a dor foi tão divertida

quarta-feira, março 26, 2008

Pelos Cães

Vamos fazer qualquer coisa contra a eugenia canina enquanto os fascistas não fazem o mesmo connosco.

http://www.peloscaes.org/

domingo, março 23, 2008

Paris:Luce vers Tenebrae



Se não contarmos com as escalas no Charles de Gaulle, esta é a quarta vez que estou em Paris. Paris…
Só o nome faz ressoar uma escala de referências literárias, cinematográficas, plásticas. Como uma escala numa espécie de teclado de piano civilizacional. Porque se Nova Iorque é a Roma da actualidade e Roma é a Roma de sempre... Paris é Paris.
É a cidade com que o Mundo sonha quando sonha. Não são os cafés de esquina -- tão “charmant”, não acha querida? -- não são as lojas, os museus, as pernas das parisienses, emblematicamente quase sempre magras e despidas, mesmo no Inverno (Bem-vindo milagre de nylon, as meias de senhora…)

Não, também não são os monumentos esmagadores, as grandes avenidas ou, por harmonioso contraste, os bairros históricos dos artistas e das prostitutas que os alimentavam e nutriam, sim, que são coisas bem diferentes. Afinal, o seio que beijamos também é a mama que nos dá o leite. É tudo uma questão de perspectiva.

Ah, essas maravilhosas ruelas tão estreitas, recurvas e misteriosas como os caprichos das mulheres. Bem, pelo menos de algumas que conheci…

Não e sim. Paris é tudo isso, mas também é tão mais que isso, bolas.
Paris é sempre a primeira vez que cá passamos. Quando somos jovens, embora já não inocentes. Quando insistimos naquelas parvoíces que se fazem quando vivemos o sonho dos outros: Lanchamos nas esplanadas dos tais cafés de esquina, perdemo-nos em Montparnasse, visitamos a Defence e a Bastilha, Notre Dame, o Quartier Latin e claro, a senhora de toda a cidade, a Torre Eiffel. Lá está ela, ponta-de-lança, literalmente, de uma tecnologia que hoje não é mais que arte em ferro e até romance.

Mas o que não é romance em Paris?

Subimos ao cimo da torre a pé, pelo menos a parte que é permitida sem recorrer ao elevador, entupido por intermináveis filas de turistas americanos e espanhóis e italianos e portugueses e…não, nós? Não, somos jovens, estamos apaixonados e não somos como ninguém, não é?
Lembras-te como chorei quando pensei que o “puto” não ia ver aquilo nunca? Que era dono do Mundo e nunca tinha sequer vindo a Paris? Pensando bem, deve ter sido das últimas vezes que consegui chorar. Já lá vão quase 10 anos. Merda, como o tempo passa.
Menos para Paris. A cidade Luz…pois.
Uma Luz fria como o Inverno que resiste lá fora. Acho que ninguém lhe explicou que aqui em França a Primavera também começa dia 21 de Março.

Nunca fui grande adepto da Luz. Vá, piadas clubísticas aqui não…
A verdade é que a escuridão era mais o meu género. Aquela que me escondia debaixo da cama ou a que vertia para o papel nos meus tempos de adolescente. A idade do armário…pois…sempre achei que devia ser rebaptizada como a idade da gaveta, pelo menos para todos aqueles, e não são assim tão poucos, que guardam papéis rabiscados nas gavetas. Escuras, claro.

Tão escuras como os cabelos da minha mãe. Ela tinha longos cabelos negros que lhe davam pelas costas.
Agora, o cabelo é mais curto e apesar de algum, pouco, esforço, e muita tinta, percebe-se que já estaria raiado de branco. A escuridão agora é lá dentro. Mas não é uma escuridão protectora: é açambarcadora, sufocante, que engoliu a minha mãe com ela. Desde que o “puto” partiu.

Que diabo, quem diria que uma viagem do café para casa, ainda por cima de mota, que é um veículo tão ágil, haveria de demorar 10 anos?

Raios te partam.Tenho saudades.

A verdade é que esta é a minha quarta vez em Paris e percebo que cada vez gosto mais…de Roma. É mais quente, mais aconchegante. E quanto à luz? Os ocres das paredes das casas romanas valem bem as luzes de Paris. A única cor que bate isso é a de Lisboa quando passamos o Tejo de barco. Mas depois chegamos ao Cais do Sodré e o rosa-azul-dourado (à falta de melhor descrição) transforma-se noutros tons bem menos poéticos. Mas, enfim, é o amor-ódio que caracteriza todos os portugueses pelo que é deles.

E eu, em algumas coisas, sou muito português.

sexta-feira, março 14, 2008

Cães danados



Começo por confessar que votei no PS nas últimas eleições legislativas.

Ok, arrumada essa questão, deixem-me ARRASAR esses fascistas de merda!

Então, agora querem proibir a importação, criação e posse de 7 raças perigosas de cães. A saber, o cão de fila brasileiro, o Pit Bull Terrier, o Staffordshire Terrier, o Rotweiller, o dogue argentino, o bull terrier e o Tosa Inu.

Três palavras: mas estão malucos?!

O que é isso de raças perigosas? Porque são maiores e têm uma dentada mais forte? Um Labrador poode ser tão perigoso como um Rotweiller se for treinado para isso. Aliás, há poucos cães com temperamento tão equilibrado como o Rottweiller.

Costumo dizer que não há cães perigosos, há donos perigosos. Mesmo uma arma de fogo só mata se apertarem o gatilho. É pá, e nenhum cão é uma arma. É-o tanto como um carro. Se atirar um automóvel contra alguém...

Estas raças têm todas grandes qualidades físicas, temperamentos valentes e fidelidade ao dono. Tão fiéis que se o dito dono for (esse sim) uma besta eles não percebem. Também há o dono fraco que não se sabe impor ao cão e isso também é uma fonte de problemas.
Em suma, se não tens mãos para um carro rápido, compra um Polo 1.2 (private joke).

O grande (único) problema são os donos. Porque, infelizmente, 90% das pessoas que compram um pitbull ou um Rotweiller têm graves problemas de afirmação (ou uma pila pequena) e compensam com o animal. Os cães são o espelho do dono, pela raça que o dono escolhe e pela própria socialização do animal. Um dono tímido tem um cão tímido um dono afável e sociável tem um cão com as mesmas características, etc.

E nem me ponham a falar dos fdp que se metem nas lutas de cães e criam verdadeiros criminosos de 4 patas.

Agora se vamos pelas "raças perigosas"...daqui a anos vamos estar a falar de "racismo" animal.

Post Scriptum (por razões óbvias nem uso a abreviatura desta expressão): O PS também quer proibir os piercings na língua...a seguir, quem sabe, definir o que fazemos oiuo não na cama e com quem. Porque não?

Post Scriptum 2: a foto que ilustra este post é de um perigosíssimo Rottweiler. Agora somos todos obrigados a ter Golden Retrievers e Cocker Spaniels.

E dizem-se socialistas??? Foda-se, agora percebo porque é que o Cavaco curte estes gajos.

quinta-feira, março 13, 2008

Um mini clube



A primeira vez, até pensei que fosse coincidência. Mas seria? Haveria outro mini azul e branco perto da minha casa com quem o gajo me confundisse? Mas à segunda vez não havia dúvidas.

Aconteceu-me duas vezes ao sair de casa cruzar-me com um mini preto que de ambas as vezes me saudou com os máximos. A minha reacção foi sempre a mesma: perplexo com o gesto, apenas acenei a cabeça, tentando perceber se o conhecia de algum lado.

O facto é que não. O tipo estava a saudar um tipo que, como ele, tomou a opção apaixonada (leia-se irracional) de comprar um mini.

Adoro o meu carro, mas reconheço que é uma escolha pouco lógica. Senta quatro pessoas (à frente tem espaço em barda mas os passageiros atrás não podem ter mais de 1'75 se não ficam um pouco desconfortáveis), e a bagageira é excelente para levar um saco de viagem. Ponto.

De resto, anda muito bem (0 aos 100km em 9,9s 190km/h velocidade de ponta anunciada, embora já tenha dado 185 km/h e com muita rotação para dar na 6ª...) arruma-se bem, é seguro, dá um gozo do caraças de conduzir (curva que é um sonho) e, porque não dizê-lo, é lindo.

Mas agora, começo a perceber que mais do que um carro comprei um bilhete para um clube. É que por ser um carro pouco racional...até porque não é barato...há poucos, e os donos partilham um sentimento de solidariedade ou, porque não dizê-lo, fraternidade. Como se a nossa opção de veículo nos distinguisse do resto do mundo.

Enfim, da próxima vez, respondo-lhe com máximos também. Afinal, nós dos minis temos que ser uns para os outros.

quarta-feira, março 12, 2008

Can I Play With Madness?

Can I?

Sonhar

Boa pergunta

Alguém tenta responder?

segunda-feira, março 10, 2008

Fuga

Às vezes fugir é não sair do mesmo sítio.

domingo, março 09, 2008

Estou grávido


E que tal se eu largasse este engano que todos os dias me engana? Que tal se me despedisse, largasse tudo, refugiasse num buraco cheio de luz e sal e escrevesse o livro de que estou grávido? Sim, porque estou grávido e ando a matar a minha criança todos os dias. Aos bocadinhos.

É uma criança belíssima de feia e grotesca de bela. É ensurdecedora e silenciosa, ofuscante de escuridão. É sangue e tripas, penas de anjo e bolas de sabão; é lágrimas e saliva misturadas numa taça de vinho amargo de saudade e dulcérrimo de amor.

Quero abrir o peito e deixá-la sair pelas bocas dos meus dedos. Como um coro.

E que tal? Que achas?

Há monstros entre nós


"Os dois homens terão actuado de cara descoberta tanto no homicídio de Alexandra Neno como no de Diogo Ferreira, ambos mortos com a mesma arma mas em zonas distantes nos arredores de Lisboa e com quatro horas de intervalo."

Correio da Manhã, 08 Março

quarta-feira, março 05, 2008

Para a Xana

Descansa em paz.

domingo, março 02, 2008

sábado, março 01, 2008

Náusea

Quando me disseram que a esposa do Fernando Santos da SportTV foi morta a tiro, fiquei chocado.

Quando percebi que tinha sido na terra onde nasci e vivi durante 30 anos, num sítio onde passo quase diariamente, fiquei siderado.

Quando me disseram que a "Alexandra Santos" era da UAL, fiquei assustado.

Quando me explicaram que tinham morto a Alexandra Neno, a Xana...

Há dias em que me revolta já não ter lágrimas, apenas uma náusea doentia.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Porquê?


A vida, às vezes, mas só às vezes, podia ser previsível também nas coisas que correm bem.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Coração de Polipropi...quê?




Polipropileno. PP para os amigos. Para os não iniciados, devo explicar que é uma das duas substâncias usadas no núcleo (core) de todas as pranchas de bodyboard. Sendo a outra o polietileno (PE).

Ainda para os não iniciados: não desistam já de ler, bocejando, ou com um "lá está este gajo com a merda do bodyboard, irra!" (Citação à la Hugo Alves)

Esta foi a minha primeira prancha "a sério", um pedaço de pp com o qual fiz as minhas primeiras ondas "a sério", arranquei o meu primeiro 360º, apanhei o maior susto da minha vida (Praia Grande, num qualquer sábado de manhã, 3 ondas de set na cabeça e a sensação que "era desta").

Alegrias e sustos, algumas frustações, muita emoção.

Um pedaço de PP que para mim foi uma fuga para muita coisa má, um bilhete para um sonho adiado, uma teima resolvida (menos uma).

Mas falo no passado porque há coisa de uma semana fiz um buraco na minha menina. Uma ferida feita numa qualquer pedra traiçoeira.

Agora o problema é estudar uma sucessora, já que o sacana do australiano que dá o nome à tábua mudou o "shape" (formato) e já não se adapta tanto às minhas necessidades.

Agora, e ainda sem herdeira à vista, uma coisa garanto: a minha companheira com coração de PP vai ser a primeira de uma colecção de gloriosas "reformadas" com que pretendo decorar a minha sala de troféus.

Pode parecer estúpido, mas ninguém é inocente no que concerne a guardar objectos com "importância sentimental".

Descansa em paz, menina

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Onde está o wally?

Mais um vídeo do Special Edition 2007 com a presença de um vosso conhecido. Pista: o único otário num campeonato de bodyboard que trazia uma mala de designer italiano visivelmente identificada com o nome da marca na correia. Mau aspecto, eu sei...

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Ouvi Dizer

domingo, fevereiro 10, 2008

Montanhas de Água II (Parabéns Miguel)





Na altura devida não coloquei esta foto porque o Miguel não a queria a circular na net. Mas agora é tarde, né? ;) Parabéns ao 3º classificado da categoria Action Sports do World Press Photo.

Uma foto memorável para marcar um dia inesquecível.

PS: Curiosamente, na altura em que publicámos a reportagem negaram-me as duas páginas porque "este jornal não é para exibir portfolios". Pois...engulam esta!

sábado, fevereiro 09, 2008

Catedral de vidro

Não se pode explicar, mas pode-se mostrar. Diz que Deus está lá dentro.

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

A missão do trovador

Dar voz a quem não a tem

Terceiro Mandamento



Wrath is everything

Segundo Mandamento




Wrath is your father, your mother, you lover.

Primeiro Mandamento




Wrath is your best friend

domingo, fevereiro 03, 2008

It´s a long way



IT'S a long way the sea-winds blow

Over the sea-plains blue, --

But longer far has my heart to go

Before its dreams come true.



It's work we must, and love we must,

And do the best we may,

And take the hope of dreams in trust

To keep us day by day.



It's a long way the sea-winds blow --

But somewhere lies a shore --

Thus down the tide of Time shall flow

My dreams forevermore.



William Stanley Braithwaite
"Punctuality is the thief of time."

- Oscar Wilde

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Ridículo


Sabemos que um país bateu no fundo quando se dá mais importância ao novo visual da Floribela, a estreia de Makukula (nos treinos) ou ao golo "histórico" do Cristiano Ronaldo, do que à instabilidade no Quénia, a subida taxas de juro, o aumento de 150% do pão, a pandemia de gripe, sei lá, o que seja.

Estamos no paroxismo do "pão e circo", sendo que não havendo pão, há circo. os palhaços são as Floribelas, os Ronaldos, as Merches, os Castel-Branco e os Morangos com ou sem açucar deste mundo. Não, os palhaços somos mesmo nós, os que perpetuamos o circo,alimentando-o na produção (como eu, confesso)ou no consumo.

Bater no fundo...não chega. Em tempos demos novos mundos ao mundo, agora damos novos fundos, porque todos os dias batemos mais abaixo do limite.

domingo, janeiro 13, 2008

A Caparica não é longe...



Poderá andar-se metido num amor a contragosto?
Claro que sim.

Um amor a contragosto é um amor em relação ao qual o sujeito que o sofre /palpita que está numa perspectiva catastrófica e que, em princípio, nada poderá fazer para evitar a catástrofe, que esta o espera no fim de tudo e se prepara para o mastigar sem contemplações, reduzindo-o a cisco.

" Reconquista-me!", diz o objecto desse amor a contragosto, entremostrando-se e furtando-se logo de seguida. E o sofrente do amor a contragosto compraz-se (afinal com imenso gosto!) em esfalfar-se e em arruinar-se nessa descida aos inferninhos do amor infeliz.

Como se chega- e para quê- a uma situação destas?
Por muitos caminhos e para muitos fins. Mas o que importa aqui dizer é que o amor a contragosto não é um amor partilhado. O sofrente nunca é igual a quem lhe inflige o sofrimento. É mais. Mais sentimento, mais tormento.

" Mas que figurões!", dirão as rãs que, na circunstância, sempre se juntam para fazer coro. É que eles- o sofrente e o que faz sofrer- não sabem que estão, na sua luta (assalto e defesa), a dar-se em espectáculo aos que, e ainda por cima isentos, assistem a essa terrível devoração afectiva.

De um amor a contragosto dificilmente se sai. É como um vício arraigado, é como um redemoinho que puxa irresistivelmente para baixo.

Talvez a única maneira, como ensinam certos nadadores experimentados em águas traiçoeiras, seja o sofrente deixar-se ir até ao fundo e aí, com um golpe rápido de braços e de pernas, sair do medonho vórtice. Então, poderá voltar à superfície, nadar para terra, sentar-se na areia e dizer:
- Olha do que me safei!- O mundo recobrará cor e significado.

Quem tiver na situação de sofrente, metido num amor a contragosto, pode treinar esse processo de salvação. A Caparica não é longe.

Alexandre O'Neill ( Uma coisa em forma de assim)

terça-feira, janeiro 08, 2008

Medo




Nunca primei pela coragem. Sou demasiado inteligente para ser corajoso. É-se herói muito mais facilmente quando se é, se não burro, pelo menos, inconsciente.

Nunca fui (assim tão) burro e fui atirado para as águas frias da consciência muito cedo.

A morte do meu irmão, a dois dias de eu fazer 25 anos, foi um episódio (re)fundador: ensinou-me o valor da vida e mostrou-me que morrer é fácil. Demasiado fácil.

A maior parte das pessoas passa pela maior parte da vida abençoado com a ignorância deste facto.

Desde que me dediquei à nobre arte de descer ondas (é a única referência), confrontei-me algumas vezes com situações limite. Houve mesmo uma vez em que pensei, mesmo, que ia morrer. O facto de ter tido tempo para pensar nisso debaixo de água diz muita coisa...

O medo pesa. Duplamente. Porque nos impele a viver mas, ao mesmo tempo, impede-nos de viver irreflectida e intensamente.

E esse é o seu paradoxo.

A vida seria muito mais simples se eu fosse burro.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Montanhas de Água

Tenho recebido algumas críticas de amigos que me acusam de estar a reduzir este espaço (e a minha cabeça) a um repositório de ondas surfadas e poor surfar.

Talvez. Quem me conhece bem, sabe que sou dado a paixões arrebatadoras. É verdade, não riam. E a verdade é que estou apaixonado pelo mar. Não, não vou elaborar sobre isto para não dizer grandes disparates.

Mas tenho de vos falar do 3º Special Edition da Nazaré: para os leigos, apenas dizer que...como descrever...?

Ok,imaginem 20 loucos a mandarem-se abaixo de montanhas de água com 6 e 7 metros (que é como quem diz 10 metros em medida não-surfista) com o recurso a, apenas, pranchas de bodyboard e barbatanas.

Montanhas de água, foi o que eu vi ontem na Praia do Norte, Nazaré. Não vos peço esforços de imaginação. Seguem algumas fotos.









sexta-feira, dezembro 07, 2007

Finalmente...a foto


E deviam ter visto no dia anterior...

sexta-feira, novembro 30, 2007

Mãos atadas


Prometi que nunca mais deixaria que me manietassem, que me enclausurassem, de corpo ou espírito. Porque os que partiram deram-me as chaves das algemas para que, assim que lavasse a água que me queimava os olhos, pudesse nunca mais chorar.

Em parte, resultou. Nunca mais chorei e, creio, nunca mais o farei. Mesmo que quisesse acho que me esqueci de como se faz.

Mas falhei. Deixei que me atassem novamente as mãos e cá estou, mais uma vez, prisioneiro nem sei bem do quê, objecto de intrigas, invejas e afogado num asco sufocante.

Tenho as mãos atadas. Mas libertar-me-ei. E não faço promessas. Não preciso.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Sem palavras


As palavras são um empecilho. Uma ponte que rui, ruidosamente, cada vez que te tento explicar, mostrar quem (o quê, porquê) sou. Apetece-me rasgar o peito, abrir as costelas para cada lado, como de um livro se tratasse, arrancar o músculo palpitante e esfregá-lo, sangrento, numa folha de papel. Eis o meu testamento e a minha carta de amor.

A mais bela balada

Porque (também e cada vez mais) há dias assim...

quinta-feira, novembro 08, 2007

quarta-feira, novembro 07, 2007

segunda-feira, novembro 05, 2007

domingo, novembro 04, 2007

Jornal+ismo, Capital+ismo

Nunca quis discutir trabalho neste espaço. Sempre achei que era preferível guardar temas mais elevados ou mesmo mais limpos que a escravatura do homem pelo homem, termo marxista para o que é mais conhecido nos moldes modernos, e num termo também herdado pelo tio Karl, como Capitalismo (desculpem a asneira).

Capitalismo que, nos dias que correm, rima cada vez mais com jornalismo. Pelo menos com a indústria de produzir conteúdos que é ao que o jornalismo foi reduzido. Ou, como lhe chamo: charcutaria fina.

Exploração. Despedir os que ganham muito, manter os que ganham pouco e trabalham muito. A qualidade do produto é secundário, o que interessa é encher o chouriço (daí a charcutaria).

Recentemente, os administradores do grupo a que o meu jornal pertence -- e a merda começou precisamente com os grupos e para os "lobbies" políticos que legislam por sua encomenda --, vieram explicar que agora vamos ter de produzir conteúdos extra para o "site". E sim, claro, pelo mesmo preço. Um aumento de...contributo. A contrapartida era a formação em programas que se aprendem a dominar num par de horas. Ah...e mantermos os empreegos, o que hoje em dia... Vampiros de merda.

Hoje estive a falar com um empregado da SIC (somos todos operários agora) que explicou que agora trabalham para a SIC, para a SIC Notícias, para a SIC online, e ainda fazem uns "bicos" (a terminologia não é inocente) para o Expresso.

Temos de traçar a linha em algum lado. Infelizmente, como temos um sindicato que não existe, e que boicota sucessivamente a formação de uma Ordem dos jornalistas (perdiam os tachos), acho que a solução que se coloca a quem não está disposto a ser mais vampirizado e rebaixado é sair.

A porta está aberta.

quarta-feira, outubro 31, 2007

O maior dos crimes


A traição é o maior dos crimes porque pressupõe que também somos culpados...por confiar.

sábado, outubro 20, 2007

Há dias assim...




Animais


Passamos a vida a rejeitar o que de mais verdadeiro há em nós. O animal. A besta. O solo escuro e espesso que se esconde debaixo da fina camada de cultura que há em nós e que, ao mesmo tempo a suporta e alimenta.


Tudo o que fizemos desde que deixámos as cavernas há coisa de 50 mil anos não é mais que ecos do que somos. Feitos de cultura. De verniz.


Somos animais. Sim, e daí? Porque bestas só as humanas.

domingo, outubro 14, 2007

Tempo para respirar


Peço desculpa mas, para os mais distraídos, chegou o vento Leste...

segunda-feira, outubro 08, 2007

Pois, exactamente como Beverly Hills


Um amigo meu ( e sei que esta é uma expressão que tem o seu quê de pleonástico, mas faz sentido poético) teve uma gripe. Uma mística doença que o levou a fazer aquilo que chamo arqueologia das gavetas, e que descobertas ele fez!

Aparentemente, foi dar com cartas e mais do que isso, memórias, de tempos idos, os dos primeiros anos de faculdade, em que essa histórias dos e-mails era para ricos que tinham essa misteriosa internet em casa (os telemóveis estavam também a começar a aparecer em força). Sim, eram os primeiros anos da década de 90. Eu disse arqueologia, não foi?

Ora, passando os olhos por essas ditas cartas, muitas vezes, como ele diz, entregues em mão, porque faziam sentido não pela distância física, mas pela proximidade espiritual que permitiam, ele recordou. E escrevendo sobre isso, fez-me recordar também.

Escreve, com uma lucidez que nos vai sendo rara (sobretudo nele ;) ), que dizia, então que a amizade daquele grupo era como a de "Beverly Hills", numa referência à série norte-americana "Beverly Hills 90210" , pelo menos, acho que era esse o código postal...

Meu amigo, a razão pela qual não guardo mais do que recordações dessa época, é por que as tuas palavras foram exactas e proféticas. Afinal, não é por coincidência que na foto que colocaste no teu "post", não está lá a minha grata figura. É que como na tal série, havia amizades, mas também romances, traições e sim, até os maus da fita...

Tenho penaa que tudo tenha terminado assim (pelo menos para alguns), porque guardo muitas e gratas recordações desses tempos. E até as más foram marcantes e produtivas. Foram anos intensos e marcantes. Por tudo o que se passou dentro mas também, e sobretudo, fora do grupo.

Cresci. Crescemos todos. Mas as minhas gavetas estão vazias, amigo, tenho muito mais para lá meter. No Futuro.

sábado, setembro 15, 2007

Honestidade


Diz-se que o valor de um bem é inversamente proporcional à sua abundância. Detesto economia mas não deixo de reconhecer a inteligência desta regra. O meu único consolo é pensar, perdão, saber, que uma verdade tão indiscutível deve ter precedido a invenção da troca de bens da mesma maneira que o Homem precedeu o cidadão.


A prova que esta regra é universal e fundamental é que tal se aplica a mais que valores materiais.


Vejam a Honestidade. É com caixa alta mesmo. A Honestidade é preciosa. E rara.


Tenho uma amiga que é minha Amiga, ainda hoje, numa altura em que muitos outros já se ficaram pelo caminho, precisamente porque consegue ser honesta. Honesta até à brutalidade. Às vezes exagera, mas só porque acredita naquilo que diz, e quando honesto, até o erro se perdoa.


Gosto dela e invejo-a precisamente porque consegue ser honesta. Porque eu não consigo.


Poderia dizer que tem a ver com a minha complexa personalidade, com as proverbiais camadas de cebola que envolvem o meu precioso mal tratado ego.


Não. Não sou honesto porque sou fraco. Porque tenho medo de ficar só. Porque preciso de quem me estenda a mão ou, pura e simplesmente, esteja. Que não me deixe só no quarto escuro em que entrei e de onde tenho medo de sair se não a espaços, como um insecto que não pode estar demasiado tempo fora da toca sob pena de secar e arder.


Tenho inveja da minha amiga. Invejo-a pela sua força. Não aquela que persigo nos ferros que levanto fechado no ginásio. Não é a força da carne mas a que está debaixo e além desta.


No fundo sou fraco. Triste e enganadoramente fraco. Porque gostaria de ser honesto. Honestamente fraco em vez de debilmente honesto.

terça-feira, setembro 11, 2007

9/11

Porque às vezes as palavras são ridículas

domingo, setembro 09, 2007

Carta aberta à RTP*

Quero apenas manifestar a minha profunda revolta, e vergonha, pela profunda falta de critério, ignorância e até falta de patriotismo de uma empresa que eu e todos os portugueses financiamos. Assisto, neste momento, aos primeiros momentos do Portugal-Escócia, primeiro encontro da selecção nacional PORTUGUESA (o termo deve ser-vos familiar poprque faz parte do nome da empresa que todos os anos me leva parte dos impostos e que também deveria ser a minha) no Mundial de râguebi. O maior evento desportivo do ano e que foi olimpicamente ignorado pela televisão pública. Infelizmente, há apenas duas coisas que posso fazer: manifestar o meu profundo desagrado e legítima indignação e dessintonizar a RTP da minha televisão. O primeiro passo está tomado e o segundo terá de esperar pelo final do jogo.

Cumprimentos

* Nota: Cópia de um e-mail dirigido à empresa

sábado, setembro 08, 2007

Produção? LOL

Para um amigo meu que gosta imenso de músicas "com produção". Discordamos muitas vezes, mas desta vez vais ter de me dar a palma: uma voz, uma guitarra e percussão. Poderoso

sexta-feira, setembro 07, 2007

Um documento

Heranças

Tinha para aí 12 ou 13 anos quando ouvi falar de Luciano Pavarotti pela primeira vez. Uma dádiva (mais uma) do meu padrinho para a minha educação. O meu padrinho foi uma espécie de pai intelectual para mim, muito porque, ansioso pela sua aprovação, andava a ouvir música clássica, com o esforço de um adolescente orfão que queria que gostassem dele.

Um esforço que me revelou aquela voz possante e figura simpática mas, mais do que isso, alguns dos mais preciosos tesouros da música (clássica e não só).

O meu padrinho morreu, mas deixou-me muita coisa. Deixou-me livros, discos, uma cultura geral. Agora foi a vez de Pavarotti, mas tal como o meu padrinho, ele também nos deixa a sua voz...e a emoção.

domingo, setembro 02, 2007

Vrummmmmmm!!!!


Sem comentários. Estou apaixonado.

sábado, setembro 01, 2007

Como Cristo


Diga trinta-e-três. Trinta e três anos. Como é possível?! Bem, deve ser. Por enquanto, sinto-me bem longe da velhice mas é curios0 que só agora que chego à idade de Cristo sinto a cruz tão mais distante.

quarta-feira, agosto 22, 2007

English rose


A natureza humana tem destas coisas: passei a semana em Inglaterra, stressado, a escrever coisas que, sinceramente, já nem me lembro. Diariamente travando um duelo silencioso com o portátil que às vezes parecia olhar para mim, reclamando a minha atenção, como um pequeno ditador, silenciosamente sentado nas várias secretárias dos vários quartos de hotel por onde passei.

Pouco olhei para a paisagem, pouco apreciei esta oportunidade de viajar por um país estrangeiro, de beber a experiência. E é, agora, nas últimas horas, cruzando a verde e chuvosa paisagem de um Agosto que não o é (pelo menos para mim, que me redescubro latino e amante do tempo quente…quem diria), que os dedos me escorregam para o teclado. Finalmente, como uma prostituta que não sendo obrigada pelo dever profissional, redescobre o prazer e o amor.

Hoje em dia já não acontece frequentemente, escrever por prazer, quero dizer… o facto de passar a vida a escrever o que os outros querem acaba por ter esse efeito. Esquecemo-nos do que queremos, nós próprios dizer.
Não sei o que foi que me fez abrir o computador para brincar agora com as letras. Talvez o encanto de uma viagem de comboio pela verde ilha inglesa, o facto de não ter de trabalhar hoje, a perspectiva do regresso a casa ou a cara de anjo desta criança inglesa que está sentada à minha frente.

“Anjo”. Pois. Sou vítima dos arquétipos que me impingem desde puto. Uma lindíssima menina inglesa: não deve ter mais de 14 anos e prepara-se para aquela que é, provavelmente, a sua primeira viagem sozinha. A mãe esperou fora do comboio até ela partir, visivelmente ansiosa e preocupada com a aventura. E o facto de ter dois estrangeiros (sim, não enganamos) sentados à frente do seu tesouro não ajuda. Dois tipos de pele escura (é a primeira vez que me sinto escuro) e barba de três dias não é uma visão tranquilizadora.

Voltemos à criança. Gestos comoventemente inseguros levam-na a guardar os bilhetes de comboio e o passaporte num saquinho plástico. É magrinha como só as inglesas magras sabem ser. Está ainda à espera que as hormonas da adolescência façam a sua magia, mas adivinha-se que vai ser uma daquelas mulheres que provocará muitos torcicolos ao longo dos anos que aí vêm. Os nórdicos olhos azuis e os cabelos louros são mais ou menos vulgares por aqui, mas ela tem qualquer coisa de indefinível… Leva um coração de plástico multifacetado no fecho da mala, um amuleto de criança que um destes dias trocará por corações a sério.
Inocência, é isso. Já não me lembrava como era.
Não ajuda o facto de estar a ler uma revista cor-de-rosa com a curvilínea modelo Jordan na capa, nem as gomas que vai debicando. Quem sabe não se torna um daqueles hipopótamos louros que vi por cá. É impressionante a quantidade de mulheres obesas (e não digo gordinha, é obesa mesmo, na casa dos 100 kg) que andam por estas terras. Os genes britânicos parecem apontar para estruturas ósseas estreitas e longilíneas, mas a alimentação à americana anda a dar cabo deles.
Há outra hipótese: que se transforme numa daquelas desmioladas que também vi: bêbedas como cachos, em grupos de meia-dúzia, desfilando nas noites geladas e chuvosas de Agosto (não, não é engano) com mini-saias até ao pescoço e decotes até ao umbigo.
Espero que não. A imagem da miúda leva-me a outra que nos tem perseguido a todos. A de Madeleine McCann. Não, nem vou entrar por aí. Tenho uma opinião muito própria sobre o assunto e não me apetece sequer começar.

Vou apenas pensar que se as coisas fossem diferentes, esta podia ser a pequena Maddie daqui a uns anos, a viajar num comboio, sozinha, a caminho da idade adulta. Com um coração de plástico na mala e outro, que já foi menos plástico, escondido num peito estrangeiro à sua frente, atravessando a verde Inglaterra em cima de um risco de ferro.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Como era mesmo aquele slogan...?


No início dos anos 90, quando me apercebi, tal como a esmagadora maioria dos miúdos da minha geração, que havia uns desportos que não metiam bola e se praticavam nas ondas, a brasileira Lightning Bolt lançava um "slogan" de sucesso: "Destrói as ondas não as praias".


Hoje, no Barbas, um dos meus "spots" de eleição nos dias que correm, essas sábias palavras de um qualquer genial publicitário surgiram na minha cabeça. Estava feliz da vida no pico à espera de umas ondas, quando vejo boiar à minha frente uma garrafa de detergente de lavar louça e outra, de cerveja, que boiava caprichosamente, de gargalo para cima, meio cheia de, suponho, água salgada.


O meu primeiro pensamento, confesso, foi de que a maldita garrafa de vidro podia facilmente partir a cabeça a algum incauto. Leia-se, a mim. Olhei à minha volta e percebi que nenhum dos cem (exagero literário, mas eram muitos) malucos que comigo partilhavam o pico nesta bela manhã de Agosto não desviava o olhar do horizonte, alheio aos objectos que, sinceramente, me estavam a estragar o idílio.


Colocou-se-me um dilema: Ou esquecer a cena e esperar que o mar arrastasse os objectos de forma inofensiva até à areia, ou agarrar na merda das garrafas, apanhar uma onda até à praia, fazer um "slalom" entre os quinhentos (ok, esta não é exagero) banhistas que povoavam o areal e depositar a dita merda das garrafas num contentor apropriado. Ah, sim, e depois remar os cerca de 250 metros contra a rebentação que me separavam do pico.


O dilema durou um minuto. Digamos que se, um dia destes, um amigo vosso vos disser que viu um gajo surgir do mar, empurrado por uma onda, com duas garrafas na mão, não se admirem. Era um anúncio da Lightning Bolt...


PS: Hoje na rádio ouvi que o golfinho branco chinês foi declarado extinto, vítima da poluição. Segundo o folclore local, estes graciosos mamíferos fluviais eram a reencarnação de princesas que se tinham afogado no rio. Os fósseis mais antigos desta espécie datam de há 30 milhões de anos. Habituem-se. A partir de agora, só os poderão ver como fósseis mesmo.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Gone Bodyboarding

Só para ver se percebem :)

terça-feira, julho 31, 2007

Romance


Perguntaram-me se não era romântico. É claro que sou, acredito na perenidade do amor verdadeiro: O amor é mesmo eterno...enquanto dura. Porque o tempo é mesmo relativo.