terça-feira, junho 06, 2006

Caça-fantasmas

Ninguém acredita nas instituições, está certo. Mas porque é que se chegou a este ponto? Porque as coisas não funcionam ou funcionam tão mal que chegam a paroxismos de anedota.

Hoje fui a casa da minha mãe e encontrei-a de cabeça perdida, indignada, furiosa. Antes de ter percebido o que se passava, dou com um postal da PSP, da Divisão de Investigação Criminal. Uma convocatória para o meu irmão.

Um pouco mais calma, a minha mãe explicou-me que já tinha telefonado para a PSP e falado com o agente encarregado do processo. De acordo com o agente Parada (cerebral), o meu irmão estava a ser acusado da autoria de um furto cometido em 2004.

Falta esclarecer que o meu irmão, Mário José Velez Monteiro Mariano, perfeitamente identificado no postal da convocatória, faleceu em 1999, cinco anos antes do alegado furto.

Ora, como se isso já não fosse suficiente, o agente Parada (cerebral) ainda perguntou à minha mãe onde é que o "autor do furto" estava enterrado. Como se a senhora o estivesse a enganar.

Porra! Quem é que são os atrasados mentais que se fazem passar pela autoridade neste país?! Quem são os filhos de uma puta que não sabem o que é ser uma mãe e perder um filho. Espero sinceramente que o mesmo não aconteça ao agente Parada (cerebral). Sem ironia. Para que nunca ninguém lhe pergunte onde é que parte dele está enterrada.