quarta-feira, setembro 28, 2005

Amor na ponta da pena

Primeiro foram os livros. Desde que me lembro, mesmo antes de aprender a ler, que retiro muito prazer do simples actos de os desfolhar. Logo a seguir, comecei a perceber que até tinha jeito para juntar as palavras, que até tinha coisas para dizer e que, mais importante, as sabia dizer.

Tudo isto para dizer que adoro ler e adoro escrever. Tanto que quando se me proporcionou a oportunidade de fazer o que amo e ser (mal) pago por isso, não vacilei.

Todavia, nos dias que correm, estou a ser atacado pela doença profissional das prostitutas: faço aquilo que gosto, mas faço-o com tanta frequência, a pedido e, muitas vezes num contexo que me diz pouco ou nada, que depois quando o tenho de fazer por amor, falta um pouco a vontade.

Pois, estou a abrir o flanco a piadinhas parvas, eu sei, mas é um risco: confiar.

Tudo isto para justificar a preguiça na contribuição para este espaço. Vamos tentar...prometo.