sábado, setembro 15, 2007

Honestidade


Diz-se que o valor de um bem é inversamente proporcional à sua abundância. Detesto economia mas não deixo de reconhecer a inteligência desta regra. O meu único consolo é pensar, perdão, saber, que uma verdade tão indiscutível deve ter precedido a invenção da troca de bens da mesma maneira que o Homem precedeu o cidadão.


A prova que esta regra é universal e fundamental é que tal se aplica a mais que valores materiais.


Vejam a Honestidade. É com caixa alta mesmo. A Honestidade é preciosa. E rara.


Tenho uma amiga que é minha Amiga, ainda hoje, numa altura em que muitos outros já se ficaram pelo caminho, precisamente porque consegue ser honesta. Honesta até à brutalidade. Às vezes exagera, mas só porque acredita naquilo que diz, e quando honesto, até o erro se perdoa.


Gosto dela e invejo-a precisamente porque consegue ser honesta. Porque eu não consigo.


Poderia dizer que tem a ver com a minha complexa personalidade, com as proverbiais camadas de cebola que envolvem o meu precioso mal tratado ego.


Não. Não sou honesto porque sou fraco. Porque tenho medo de ficar só. Porque preciso de quem me estenda a mão ou, pura e simplesmente, esteja. Que não me deixe só no quarto escuro em que entrei e de onde tenho medo de sair se não a espaços, como um insecto que não pode estar demasiado tempo fora da toca sob pena de secar e arder.


Tenho inveja da minha amiga. Invejo-a pela sua força. Não aquela que persigo nos ferros que levanto fechado no ginásio. Não é a força da carne mas a que está debaixo e além desta.


No fundo sou fraco. Triste e enganadoramente fraco. Porque gostaria de ser honesto. Honestamente fraco em vez de debilmente honesto.

terça-feira, setembro 11, 2007

9/11

Porque às vezes as palavras são ridículas

domingo, setembro 09, 2007

Carta aberta à RTP*

Quero apenas manifestar a minha profunda revolta, e vergonha, pela profunda falta de critério, ignorância e até falta de patriotismo de uma empresa que eu e todos os portugueses financiamos. Assisto, neste momento, aos primeiros momentos do Portugal-Escócia, primeiro encontro da selecção nacional PORTUGUESA (o termo deve ser-vos familiar poprque faz parte do nome da empresa que todos os anos me leva parte dos impostos e que também deveria ser a minha) no Mundial de râguebi. O maior evento desportivo do ano e que foi olimpicamente ignorado pela televisão pública. Infelizmente, há apenas duas coisas que posso fazer: manifestar o meu profundo desagrado e legítima indignação e dessintonizar a RTP da minha televisão. O primeiro passo está tomado e o segundo terá de esperar pelo final do jogo.

Cumprimentos

* Nota: Cópia de um e-mail dirigido à empresa

sábado, setembro 08, 2007

Produção? LOL

Para um amigo meu que gosta imenso de músicas "com produção". Discordamos muitas vezes, mas desta vez vais ter de me dar a palma: uma voz, uma guitarra e percussão. Poderoso

sexta-feira, setembro 07, 2007

Um documento

Heranças

Tinha para aí 12 ou 13 anos quando ouvi falar de Luciano Pavarotti pela primeira vez. Uma dádiva (mais uma) do meu padrinho para a minha educação. O meu padrinho foi uma espécie de pai intelectual para mim, muito porque, ansioso pela sua aprovação, andava a ouvir música clássica, com o esforço de um adolescente orfão que queria que gostassem dele.

Um esforço que me revelou aquela voz possante e figura simpática mas, mais do que isso, alguns dos mais preciosos tesouros da música (clássica e não só).

O meu padrinho morreu, mas deixou-me muita coisa. Deixou-me livros, discos, uma cultura geral. Agora foi a vez de Pavarotti, mas tal como o meu padrinho, ele também nos deixa a sua voz...e a emoção.

domingo, setembro 02, 2007

Vrummmmmmm!!!!


Sem comentários. Estou apaixonado.

sábado, setembro 01, 2007

Como Cristo


Diga trinta-e-três. Trinta e três anos. Como é possível?! Bem, deve ser. Por enquanto, sinto-me bem longe da velhice mas é curios0 que só agora que chego à idade de Cristo sinto a cruz tão mais distante.