sexta-feira, setembro 22, 2006

Meter água

Há dias em que não me apetece escrever nada porque não tenho nada para dizer; outros em que nada me suscita uma palavrinha que seja. Hoje não é definitivamente o segundo caso. Bem pelo contrário.

Podia falar do facto de o dia internacional sem carros ter sido o primeiro em que, de facto, tive dificuldade em encontrar sítio para estacionar, o que significa que não fui o único a violar o espírito do dia, mas isso suscitava um "post" muito próprio sobre a falta de transportes públicos de qualidade no acesso a Lisboa, etc e tal.

Podia falar da candidatura de LFV à presidência do Benfica... não, não há pachorra.

Podia falar da desilusão que me invade todos os dias quando confrontado com a mediocridade da generalidade da Imprensa portuguesa, mas isso dava um livro que acabaria com a minha reforma antecipada.

Mas nada disso. Amanhã espera-se ondulação de três metros na Costa da Caparica. Vou morrer agarrado à prancha. Afogado ou esborrachado numas pedras. Mas talvez seja bom, não tenho feitio para velho.

Se não, prometo que o próximo post será mais interessante.

4 comentários:

Anónimo disse...

A ideia de pedir a repetição do jogo Sporting-Paços de Ferreira, que é defendida pelos juristas da SAD do Sporting, é mais um episódio destinado a entrar no anedotário bem recheado do grande pântano em que vive o futebol português, à semelhança do célebre luto sportinguista decretado há uns anos pelo ex-presidente Dias da Cunha.
Infelizmente, nos últimos 25 anos, a história do futebol português está resumida a títulos do FC Porto, entremeados com títulos do Benfica enquanto andava por lá Fernando Martins, o grande amigo de Pinto da Costa em Lisboa.
Para o Sporting, que investiu como ninguém em grandes equipas e em grandes treinadores, ficaram três campeonatos e umas taças sobrantes, conquistados em anos de crise e distracção dos controladores.
Nos anos 90, o Sporting ganhou uma Taça de Portugal e uma Supertaça porque tinha mesmo uma grande equipa, o mesmo acontecendo quando foi campeão em 2000 e 2002, falhando muito ingloriamente um tri-campeonato porque o Boavista de Valentim Loureiro se meteu na luta, presumivelmente por "determinação" do tal "sistema", vencendo a Liga de 2001. Quem não se lembra do anti-jogo e do jogo violento que levou o Boavista ao título?!... Quem não se lembra da protecção dos árbitros a esse tipo de jogo?!...

Meggy disse...

Estás vivo?
Venha daí então um novo post... :).
Bom fim-de-semana

Meggy disse...

Serve perfeitamente. ;)

Anónimo disse...

Tenho que admitir que me dá vontade de rir a lógica dos condutores quando confrontados com um dia "sem carros". «Vou levar o meu carro porque se os outros papalvos respeitaram o espírito da coisa pode ser que haja mais lugares para estacionar.» Mas que coisa linda. Depois querem que o trânsito ande menos entupido, mesmo sem mexerem uma palha para isso. Mas pronto...És tu e muitos, por isso tens muita gente para te fazer companhia.
Mesmo sem paciência para seres velho, agarra-te à prancha que a alternativa é o que é.

Paula