terça-feira, março 08, 2005

Dias

Dia da Mulher. Sinto-me na obrigação de sublinhar que nada me move contra as mulheres. Bem pelo contrário.

Aliás, é precisamente por ser a favor das mulheres que me quero insurgir contra o "Dia da Mulher". Depois do dia da árvore, do dia dos avós, do dia da criança, do dia do velho, do dia dos jardineiros e do dia dos comedores de "sushi", eis o dia da mulher.

Essa coisa dos dias de qualquer coisa tem graça e fundamento quando falamos de minorias, o que não é o caso. Que eu saiba, segundo os números mais recentes, as mulheres estão mesmo em maioria.

A existência de um "Dia da Mulher" faz tanto sentido como a de um "Dia do Homem". E não há, pois não?

Enfim, hoje deu-me para aqui, o que fazer. Mas será só a mim que isto faz confusão?

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu pensei em nem responder a isto, mas que se lixe. Quando viver neste planeta para as mulheres for mais ou menos semelhante em termos direitos como é para os homens então podes argumentar contra o dia da mulher. Até lá temos que celebrar o facto de nos termos conseguido emancipar (ainda pouco na minha modesta opinião) numa sociedade feita por homens para os outros homens. Tendo em conta que há poucas décadas atrás neste país as mulheres nem votavam, se é para celebrar essas mulheres que lutaram para fazer valer os seus direitos então venham lá os dias das mulheres.
E não há dia do homem pela simples razão que todos os dias são vossos. Vocês criaram este mundo à vossa medida e fazem um berreiro desgraçado quando uma mulher não encaixa nas vossas expectativas. Somos diferentes dos homens e há que respeitar essa diferença. Ainda não somos iguais em termos de direitos básicos fundamentais( ganhamos menos, somos as primeiras a ser despedidas, os direitos reprodutivos são quase inexistentes em Portugal, etc, etc) e até lá, viva o dia 8 de Março!

Mandras