segunda-feira, janeiro 02, 2006

Ano Novo

Mastigadas as passas, emborcado o champanhe, vieram os abraços e os beijos. Acabou 2005, vem aí 2006.

Sensação estranha esta, a de parar para pensar. Estes truques do calendário fazem-nos cair na tentação de traçar objectivos e balanços. Como foi o ano que passou, o que esperamos para o ano que acaba de nascer.

Para 2006, apenas a certeza de que terei de ser operado. Nada de grave, mas muito chato. Sobre 2005, muita coisa. É normal ter mais a dizer sobre o passado do que sobre o futuro, é por isso que os velhos têm sempre muitas histórias.

2005 foi um ano muito bom: o primeiro ano de independência na minha casa; um ano de sucesso profissional, em que vi crescer um projecto editorial de grande pujança e que tenho o orgulho de integrar; um ano cheio de amor e amizade, em que reencontrei velhos amigos, em que conheci outros, em que percebi que outros ainda não o eram e que não merecia a pena lutar por quem não se mexe por nós; um ano de boas e más notícias; o ano em que comecei a entrever um bem-estar que há muito procuro.

Para 2006, bem, vou ser operado. Já sei que estou a ser chato e irritantemente medricas mas o que é que querem? É a única certeza para 2006 e, isso sim, é irritante.

2 comentários:

Anónimo disse...

O facto de poderes fazer um balanço tão equilibrado de 2005, já diz muita coisa. Se tudo permanecer assim em 2006, menos mal. E quanto ao nervoso miudinho quanto ao que se vai passar a seguir, deixa lá...Se não sentisses é que era estranho. Ainda não chegaste a um nível irritante. Lol.

Paula

. disse...

Vai uma pessoa a passar calmamente por aqui e dá de caras com uma destas. Os dentistas são uns exagerados, é o que é. O meu quando arranquei o siso há uns meses pintou-me um filme negro e fez-me comprar quilos de gelado e afinal no dia a seguir eu já comia comida normal. Vais ver que vais ficar como novo e dali a 15 dias já nem te lembras da dor que tiveste. Se há coisa boa que a rapidez do relógio nos dá é que passados uns dias parece que já foi há anos. E é quem já passou por dores bem piores que as de dentes que te diz. E que 2006 te permita deitar fora todos, todos os males. Tudo de bom.