Depois da noite mal dormida, cansado de perseguir o sono fugidio, vou tapar-me com um cobertor frio e salgado e deixar o calor do corpo subir e sair pelos poros.
Depois da noite mal dormida, vou entregar-me ao abraço forte e bruto do nosso pai, deixar os braços e as pernas e a carne e o sangue falarem por mim.
Depois da noite mal dormida, vou sonhar acordado com um mundo mais simples e líquido. Em que o selvagem frenesim é substituído pela honesta velocidade.
Depois da noite mal dormida, dos sonhos amargos debaixo da língua, vou lavar a boca com sal marinho, o suor de Deus e o sangue dos anjos.
Depois da noite mal dormida, vou acordar.
segunda-feira, março 02, 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário