O medo é das forças mais poderosas da psique humana. Eu tenho medo de muita coisa: medo de vespas, de alturas, medo de estar sozinho no mar, enfim, medo de muita coisa; alguns medos têm um fundo mais ou menos racional, outros nem por isso.
Todavia, há um medo que se sobrepõe a todos: medo do ridículo. E como se cai no ridículo, perguntam vocês?
De muitas maneiras. A pior, todavia, é mentir descaradamente, com mesuras e gentilezas, tecendo teias de hipocrisia tão diáfanas e transparentes como as das aranhas.
Detesto a hipocrisia, a falsidade, a lata de quem nos passa a mão pelo pêlo quando na realidade prefere ver-nos pelas costas. Ou não nos ver.
Só tenho pena de ser tão burro que só percebo a armadilha quando já lá caí. Várias vezes.
Enfim, acho que também lá cair tanta vez tem o seu quê de ridículo. E sendo assim já o fui. Também várias vezes. Porque há crimes em que a vítima é tão culpada quanto o criminoso.
quarta-feira, março 22, 2006
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